A Queda - projeto gravura expandida
A queda do Homem, feita originalmente pelo mestre gravador Albrecht Dürer (Germany, Nuremberg 1471 - 1528 Nuremberg) no ano de 1510, mede 12,8 x 9,8 centímetros e pertence a série Pequena Paixão.
A Paixão, assim se entendeu os sofrimentos físicos e espirituais de Jesus Cristo em seus últimos dias de vida humana. Este tema foi especialmente popular na Alemanha dos séculos XV e XVI. A igreja utilizou da arte, sobretudo as impressões
de gravura para contar ao povo, com frequência iletrado, os últimos dias da vida de Cristo. Já na Idade Média uma iconografia de todas as passagens bíblicas estava bem difundida e elas eram facilmente reconhecidas. Albrecht Dürer, enquanto retratava as Paixões, inseriu na iconografia tradicional novas narrativas, às vezes incrementando o número de passagens retratadas.
de gravura para contar ao povo, com frequência iletrado, os últimos dias da vida de Cristo. Já na Idade Média uma iconografia de todas as passagens bíblicas estava bem difundida e elas eram facilmente reconhecidas. Albrecht Dürer, enquanto retratava as Paixões, inseriu na iconografia tradicional novas narrativas, às vezes incrementando o número de passagens retratadas.
A série Pequena Paixão, iniciada pelo artista após sua segunda viagem à Itália (1505 - 1507) é composta por 36 xilogravuras e um frontispício. Trata-se de uma retratação detalhada do martírio e morte expiatória de Cristo, e tem como obra de abertura da série a cena A tentação de Eva e a queda do Homem. O ciclo narrativo inclui junto as paixões, também uma série de histórias do Antigo Testamento ligadas ao sacrifício expiatório do Salvador e algumas passagens sobre a juventude de Jesus.
A primeira edição foi publicada em 1511 com o texto latino no verso; Em 1612, em Veneza, com o texto em italiano também no verso. A pequena Paixão ficou incrivelmente popular em diferentes países da Europa, com gravuras reimpressas até o século XX, avulsas ou completas no conjunto.
Inspirado pelo labor do artista, o projeto busca homenagear A Queda do Homem, promovendo discussões a respeito da iconografia tradicional e sua forma de narrativa de divulgação, ampliando as perspectivas de leitura e compreensão da
imagem pela reprodução dos gestos de encavo e suas materialidades. A gravura foi feita em uma matriz de madeira marfim de 80 x 50 centímetros e impressa em papel Pólen 90 g.
imagem pela reprodução dos gestos de encavo e suas materialidades. A gravura foi feita em uma matriz de madeira marfim de 80 x 50 centímetros e impressa em papel Pólen 90 g.
Agradecimentos aos colegas de atelier de gravura, em especial Roberto Haddad e Thayana Aquino pelo apoio técnico e registros fotográficos. Aos professores responsáveis pela disposição do uso atelier de gravura da UFMG.
